segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Texto "O laboratório de computador: uma má idéia, atualmente santificada"



A METÁFORA DO LÁPIS


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Gavriel Salomon

Há 20.000 anos, quando nossos ancestrais habitavam as cavernas, as crianças – que não tinham idade para caçar – eram diariamente mandadas a uma sala da caverna, para diminuir a destruição e o incômodo que causavam. O mais distinguido ancião da tribo que tivesse passado da idade de caçar era encarregado delas, e o melhor que podia fazer era ensinar-lhes a tradição, a mitologia e a boa conduta na vida diária da tribo. Decorando, as crianças eram logo capazes de recontar, palavra por palavra, a história do Grande Orelha, o grande caçador de mamutes, de contar nos dedos dos pés e das mãos o número de folhas de figo necessárias para temperar uma sopa de leão para doze pessoas e de recitar os 17 versos do grande poema do Fogo que Podia. Aprender não era fácil. Afinal, só havia uma quantidade determinada de coisas que poderiam ser memorizadas mecanicamente e só cálculos simples poderiam ser feitos nos dedos das mãos e dos pés. Ainda assim, esse aprendizado era realizado com prazer por todos.
Um dia, a palavra chegou com os pássaros migratórios de uma nova tecnologia, uma “tecnologia em muitos séculos de invenções”: O Lápis. Foi um burburinho é, sem hesitação, dos dois anciões foram mandados à Grande Caverna para aprender tudo sobre aquela maravilha. Quando voltaram, uma sala especial da caverna foi imediatamente aparelhada para se fazerem estudos sobre o lápis. Foi acarpetada com as maiores folhas de mamoeiro e mobiliada com almofadas especiais, feitas de pêlo de camelo. Nenhuma criança podia entrar na sala sem lavar as mãos!
Fascinado com a nova tecnologia, o ancião mais voltado para o futuro foi nomeado para começar o planejamento e o ensino dos Estudos sobre a Capacidade do lápis na sala recém aparelhada. Aliás, bastante cedo, surgiu um completo e o mais interessante currículo de Lapislogia. E como era interessante! O currículo trazia tópicos maravilhosos! Como apontar um lápis e como usar a outra ponta para apagar; como equilibrar o lápis na orelha e como segura-lo entre os dedos. A criança estudiosa, que tivesse sido bem sucedida nessas etapas mais difíceis, poderia começar a usar o LapisLogo (para desenhar flores), o LapisScribe (para rabiscar letras) e o LapisSupposer (para traçar a área de folhas de desenho incomum). As crianças mais bem sucedidas, a nata da nata, poderiam ainda entrar no LapisBase – para enumerar as invenções de armas da tribo, o campo de caça e a família das árvores.
Um desenvolvimento interessante deu-se bem diante dos olhos dos anciães. As crianças começaram a escrever.
Havia, é claro, alguma preocupação com relação à possibilidade de esse novo empreendimento interferir (ó Deus!) no que tinha sido desenvolvido no ensino de rotina da caverna regular. Lá os professores (naquele momento já havia dois) estavam verdadeiramente preocupados com o fato de que a introdução do lápis na sala privilegiada pudesse forçar algumas mudanças no aprendizado mecânico, tão bem estabelecido. Na verdade, havia uma mulher da tribo, conhecida pelo seu modo provocativo de encarar a vida (ela uma vez sugeriu que as crianças inventassem suas próprias histórias, mas é claro que em silêncio), que propôs usar o lápis em todas as atividades de aprendizado das crianças, talvez para escrever, possivelmente para fazer contas.
Mas não havia realmente espaço para esse tipo de preocupação. Por que, afinal, alguém com exceção da excêntrica mulher, chegaria a sugerir que aquele maravilhoso currículo de Lapislogia, supervisionado por renomados peritos, com suas possibilidades de desenho, escrita e cálculo, fosse tirado da sua sala especial para substituir o aprendizado automático? Por que um lápis deveria ser usado como instrumento nas rotinas diárias? (...)

http://www.ufmt.br/ufmtvirtual/textos/se_laboratorio.htm


Comentário:

O texto nos mostra que é preciso ter ousadia em tudo que fazemos, logicamente que uma ousadia consciente. A invenção e uso do lápis aconteceu como com a invenção e uso do computador na escola: todos os cuidados que devemos ter com ele, como utilizá-lo, para quê utilizá-lo. Embora também já houvesse a preocupação com a interferência dessa nova criação, assim como há com o computador, o medo do educador ser substituído por ele, mas sabemos que ele deve utilizado como um meio a mais nas práticas pedagógicas, melhorando a qualidade de ensino e auxiliando o educador a facilitar a aprendizagem.


Identificação:

Deilda Cardoso Tieppo

Professora e Coordenadora do Curso de Formação de Docentes do Colégio Estadual Marechal Arthur da Costa e Silva - Ensino fundamental e Médio.

Endereço: Avenida Vereador Ângelo Guerreiro, 131.

Planaltina do Paraná - Paraná

Fone: (44) 3435-1264 ou 3435-1246

Endereço Blogger: http://professoradeilda.blogspot.com





Vídeo " Tecnologia na Educação"

Através deste vídeo percebemos que o papel do professor jamais será substituído pelas tecnologias. Devemos ver esse avanço como uma possibilidade pedagógica a mais, como meio para melhorar a qualidade de ensino, por isso o professor deve acompanhar essa evolução e atualizar-se para não ficar à margem dos próprios alunos. http://www.youtube.com/watch?v=0Z2VnWfe33M

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Divulgação do Curso Proinfo

Slide Proinfo
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Texto "Educação afetiva ou controladora? Foco no conteúdo ou em valores?" Professor José Manuel Moran

Texto bastante oportuno no momento em que estamos introduzindo a tecnologia na escola e que percebemos, pelo comportamento dos alunos, que a inclusão de valores, ética e afetividade também é necessária. Como diz Moran, “a afetividade é um componente pedagógico fundamental e contribui decisivamente para o sucesso pessoal e grupal” http://www.eca.usp.br/prof/moran/controladora.htm

Além da inclusão digital, de valores, de afetividade e de ética é preciso que o educador inspire confiança, que consiga transmitir credibilidade quanto ao potencial de cada educando, pois para aprender é necessário acreditar que é capaz.

"Tecnologia Educacional"


A figura mostra que o mundo está rodeado de tecnologia, mas é necessário que se faça uma reflexão sobre o uso desta tecnologia. Como ela está sendo usada? Para que está sendo usada? Qual o objetivo? Que encaminhamento, nós como educadores, estamos dando para o uso desta tecnologia?

Opinião sobre o Blog

Tarefa 3 – Blog

O blog é um lugar onde podemos expor nossas idéias, pensamentos, produções. O mais interessante é que ele pode ser visto ou visitado por qualquer pessoa, inclusive nossos alunos.

No blog podemos também receber opiniões e contribuições de outras pessoas.

Filme "Fronteiras Digitais"

Filme “Fronteiras Digitais”

O filme nos faz refletir sobre a evolução da tecnologia no mundo e também dentro da escola. Será que a escola está acompanhando essa evolução? O que fazer para que o aluno não perca o entusiasmo de ir para a escola, sendo que fora dela existe um mundo de informações sem que seja necessário sair de casa?